SINOPSE
Diana Morgan é professora da renomada Universidade de Oxford. Especialista em mitologia grega, tem verdadeira obsessão pelo assunto desde a infância, quando sua excêntrica avó alegou ser uma amazona – e desapareceu sem deixar vestígios.
No mundo acadêmico, a fixação de Diana pelas amazonas é motivo de piada, porém ela acaba recebendo uma oferta irrecusável de uma misteriosa instituição. Financiada pela Fundação Skolsky, a pesquisadora viaja para o norte da África, onde conhece Nick Barrán, um homem enigmático que a guia até um templo recém-encontrado, encoberto há 3 mil anos pela areia do deserto. Com a ajuda de um caderno deixado pela avó, Diana começa a decifrar as estranhas inscrições registradas no templo e logo encontra o nome de Mirina, a primeira rainha amazona. Na Idade do Bronze, ela atravessou o Mediterrâneo em uma tentativa heroica de libertar suas irmãs, sequestradas por piratas gregos.
Mistérios, mitologia, arqueologia e filologia, A Irmandade Perdida me prendeu de tal forma que foi impossível deixá-lo de lado. E, apesar de possuir mais de 500 páginas, logo que comecei eu não quis mais parar e o livro acabou em poucos dias.
Diana Morgan é professora e filóloga da Universidade de Oxford, onde dá aula sobre mitologia grega, embora sua fascinação seja sobre as Amazonas, um antigo grupo formado por mulheres guerreiras independentes, conhecidas por sua coragem de lutar contra homens que tentavam submetê-las, porém essa sua admiração não traz uma boa visão sobre sua reputação dentro da faculdade e logo vira alvo de piadas.
Desde criança Diana conviveu com as lendas sobre as Amazonas, já que sua avó lhe contava tudo, mesmo que os pais dela não aprovassem esse tipo de comportamento, pois achavam que a velha Kara era maluca por ter sofrido várias perdas na vida, tornando-se assim uma velha louca.
Kara achava ser uma antiga Amazona que teve de deixar sua irmandade há muito tempo. Os pais de Diana achando que sua obsessão e loucura iriam afetar sua filha, afastaram-na para não ser submetida à loucura da avó.
Após sua aula na faculdade, Diana é abordada na rua por um homem chamado Sr. Ludwig que a chama para decifrar antigos códigos que diz ser o alfabeto das Amazonas. O templo escavado não consta em nenhuma instituição arqueológica e ela acha estranho, mas sua obsessão pelas Amazonas e sua vontade de descobrir o paradeiro de sua avó sumida a faz seguir seus instintos como se algo a estivesse chamando para a aventura.
Ao chegar na escavação ela conhece Nick Bárran e juntos começam a tentar desvendar os mistérios contidos no antigo templo.
Enquanto Diana percorre o mundo atrás das Amazonas, nós viajamos por milhares de anos atrás e acompanhamos a história de Mirina e Lilli que foram a fonte e origem da lenda e da procura pelas mulheres guerreiras.
Coisas horríveis aconteceram em sua antiga tribo e elas fugiram à procura da Deusa da Lua. Caminhando por dias e enfrentando perigos até chegarem ao Templo, Mirina invade a moradia da Deusa da Lua para explicar sua situação e acaba causando espanto e horror nas sacerdotisas, gerando uma punição para ela, e assim que história é explicada de forma adequada, a suma Sacerdotisa acolhe ela e sua irmã para se juntarem a Irmandade Perdida.
Os personagens são muito bem descritos e compostos e as ações também são de viajar pela história imaginando cada cena. Meus personagens favoritos são o Nick e a Mirina, Nick tem um jeito misterioso por trás de sua máscara de quieto e sarcástico e Mirina é uma guerreira que cuida muito bem de quem gosta e não as deixa de lado jamais, mesmo nos piores momentos de sua vida.
Quer saber porque é impossível parar de ler? Porque as histórias de Mirina e Diana se intercalam e sempre acabam quando as ações chegam ao clímax. Esse intercalado de “dias atuais” e “milhares de anos atrás” atrai a atenção porque se completam e dão sentido e em uma hora ou outra elas se fundem, formando uma história nova.
O que mais me chamou a atenção também é a lição que a história pode nos trazer, já que conta a história de duas mulheres que buscam o que querem sem desistir por causa dos empecilhos da vida. Elas sempre buscam e lutam pelo que desejam sem deixar de agir.
Os capítulos de A Irmandade Perdida sempre começam com uma frase de fonte histórica como Homero, Cícero, Sófocles, entre outros da mitologia. O livro é dividido em seis partes: Crepúsculo, Aurora, Sol, Zênite, Eclipse e Equinócio que correspondem a parte das jornadas de Mirina e Diana.
Tenho que dizer que a Arqueiro está de parabéns nos livros de Mitologia! Eu nunca me interessei e aprendi tanto com um livro sobre esse assunto.
Se você está a procura de mistérios, romance, mitologia e viagem ao mundo A Irmandade Perdida é perfeito e garanto que irá além de suas expectativas!
5/5
Ano: 2015
Páginas: 528
Autor: Anne Fortier
Idioma: Português
Editora: Arqueiro