Lorna e seu pai moram na pequena ilha escocesa de Mure, um lugar pacato, com poucos habitantes, mas de uma comunidade unida, onde todos fazem parte da vida uns dos outros, sempre dispostos a ajudar.
Esse senso de ajudar o próximo é uma das características mais fortes dos moradores de Mure. Mas, quando o médico local, já em idade avançada, precisa se aposentar, todos ficam preocupados. Parece que não existe uma só pessoa no mundo que queira assumir o posto e morar em um local tão afastado de tudo.
O cargo de médico em uma cidade tão pequena não é dos mais procurados, mas Saif, que está em um campo de refugiados buscando emprego, não se importa com isso. Quando um menino sofre um corte profundo na mão, Saif, que é médico, se voluntaria para ajudar ( talvez sendo o único capaz ali) e, logo em seguida, é abordado por um homem que lhe oferece a vaga como médico em Mure.
Mesmo carregando lembranças e a esperança de reencontrar sua família, Saif aceita o convite e parte para a cidadezinha, sem conhecer ninguém e receoso de como seria recebido. Um refugiado, tão diferente da aparência dos escoceses, acaba se destacando naturalmente.
Em uma consulta, Saif conhece Lorna, que leva seu pai doente para ser examinado, e logo nasce entre eles uma amizade. Mesmo vindo de mundos tão diferentes, a companhia um do outro se torna algo pelo qual ambos anseiam. E, ainda que de forma discreta, Lorna começa a demonstrar um pequeno interesse por Saif.
Tenho muitas coisas a dizer sobre esse livro e poucas páginas para explicar essa grande interrogação que ficou na minha cabeça. Afinal, de onde exatamente Saif veio? Por que ele está refugiado? Sabemos que há uma guerra no seu país de origem (é o que dá a entender), mas o livro não dá detalhes sobre o que separou ele de sua família, como ou quando. Parece que o homem simplesmente chegou de barco, vindo do nada, esperando que a vida seguisse de alguma forma e sua família se materializasse ali.
A amizade entre Saif e Lorna é meio “?????”, mas não chega a ser inconveniente, chega a ser algo fofo até, mesmo que um pouco raso. O que realmente me incomodou foi o interesse dela nele, e a forma como ele simplesmente fugiu sem dar explicações e depois voltou como se nada tivesse acontecido, como amigos, tipo: “oi?”.
E uma coisa que descobri já na metade desse livro de apenas 126 páginas: ele tem um livro anterior — e uma continuação também! “??????” Em nenhum momento o livro dá a entender que existem histórias paralelas ou que ele é um spin-off. Depois que descobri isso e li o livro de contos inteiro, fiquei ainda mais sem entender porque criaram esse livro minúsculo que não acrescenta em nada à história principal. Teria feito muito mais sentido se tivessem incluído essas 120 páginas (já que as 6 últimas são o prólogo da próxima história) como um epílogo no livro anterior.
Sinceramente, me decepcionei com as expectativas que criei. Achei que encontraria uma história concisa de romance (mesmo que rápida), mas encontrei algo raso e desconexo. Se a intenção era criar algo como “Quatro Amores na Escócia” que traz contos rápidos de romances, não deu certo.
Esperava bem mais. Mas como eu tenho o livro que seria o primeiro da série, vou arriscar a leitura. Parece que ele tem mais desenvolvimento, mais sentido e uma história melhor construída.
Início da Leitura: 25/04/2025
Término da Leitura: 26/04/2025
Classificação final:
Escrita
Personagens
Enredo
Geral

Jenny Colgan
Ano: 2022
Páginas: 128
Idioma: português
Editora: Arqueiro
Procura-se médico para atuar em ilhazinha distante. É preciso gostar de barcos e do litoral. E é importante saber que é impossível guardar segredos nesse lugar… Lorna nasceu e foi criada na ilha escocesa de Mure, um lugar tranquilo onde todos ajudam uns aos outros e existe um forte senso de comunidade.